Tolerância Térmica de Plantas de Restinga: Entrevista com estudante da UFRJ
Você já conhece a Restinga do litoral brasileiro?
Já se deparou na praia com uma moita cheia de plantas lindas no meio de um mar de areia branca?
Já se perguntou como aquelas plantas da praia expostas ao sol e calor ficam tão saudáveis?
Então, se não conhece a Restinga, aproveite para programar uma visita pós-pandemia a uma das mais belas paisagens do nosso planeta! A Restinga é um ecossistema que faz parte do bioma Mata Atlântica e apresenta formações vegetais muito diversas! Segundo a resolução do CONAMA (07/96), “essas comunidades vegetais, distribuídas em mosaico, ocorrem em áreas de grande diversidade ecológica, sendo consideradas comunidades edáficas por dependerem mais da natureza do solo que do clima”. Aqui no Brasil nós temos diversas formações de Restinga ao longo da costa. A formação desse ecossistema ocorreu durante milhares de anos, com o avanço e recuo do nível do mar. Ou seja, um vai e vem do mar que foi depositando bancos de areia na costa, formando cordões arenosos. Depois, vieram as plantas! As espécies encontradas na Restinga são, em sua maioria, originárias da Mata Atlântica.
Mas como, nesse calor que faz em nosso litoral, essas plantas conseguem sobreviver? O Manda Lá, Ciência vai ajudar a explicar.
Isabella Oliveira
No episódio de hoje do nosso Podcast, temos uma convidada especial da nossa equipe, ela se graduou em Bacharelado em Ciências Biológicas – Meio Ambiente pela Universidade Federal do Rio de Janeiro no Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (NUPEM – UFRJ). Hoje ela é aluna do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais e Conservação e trabalha com uma linha de pesquisa que explora os aspectos fisiológicos e ecológicos da tolerância térmica de organismos que fazem fotossíntese, como as plantas e as algas.
No seu trabalho de conclusão de curso ela explorou a resistência das plantas da Restinga ao aumento da temperatura, mas para isso era necessário conhecer um ponto exato no sistema fisiológico das plantas em que as consequências do aumento da temperatura poderiam ser medidas.
Em parceria com o professor do campus Dr. Heitor Monteiro Duarte, pesquisador em ecofisiologia vegetal, a equipe explorou a tolerância térmica da fotossíntese de plantas da restinga, através do estudo dos efeitos do calor no Fotossistema II.
Mas calma, o Manda lá não vai te deixar na mão na hora de entender essa coisa toda! Aperte o play na Parte I do nosso episódio e entenda melhor como se originou a ideia da pesquisa e porque o Fotossistema II é importante para isso.
Nessa segunda parte, a Maria nos relata um pouco sobre os resultados de suas pesquisas exploratórias com as plantas da Restinga. Também nos conta um pouco sobre sua futura pesquisa na Pós-Graduação utilizando algas como objeto de estudo e o quê a motiva na carreira científica.
Uma maravilha o nosso Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba em Macaé, né? Se não conhece ele ainda, bora conhecer! É importante que valorizemos o meio ambiente que sustenta toda a nossa diversidade biológica desse planeta. E aqui na nossa região temos esse primor que buscamos tratar com muito respeito e com amor. Não é lugar para churrasco e nem acampar, viu?
Para mais informações sobre o PARNA, acessem o site dele junto ao ICMBio.
